segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Solidão que não se mede . . .

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"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.
A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."

Vem logo . . .

Tenho vontade de estar em um único lugar. E não é aqui, essa é a maior certeza da minha vida. Quero que você venha, me busque, me leve, me arranque disso. Não preciso de mais nada.

Receita do Dia!

20 toneladas de decepção;
21 anos de insatisfação;
40 meses de tristeza profunda;
5 pessoas desagradáveis para te destruir o dia;
10 anos de solidão completa;
Falta de perspectiva a gosto.
Adicione a isso todas as incertezas e medos possíveis.
Rende uma porção enorme de melancolia e desejo de nunca ter nascido.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Por favor . . .

Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheure

Nothing

Dor na alma que chega a adoecer o corpo, preciso fugir disso, de mim, de todos.
Nada, é o que eu sou.

!

Preciso de alguma coisa que nao tenho, não sei o que é.

DESPEDIDA (Marcelo Camelo)

Eu não sou daqui também marinheiro
Mas eu venho de longe
E ainda do lado de trás da terra além da missão comprida
Vim só dar despedida

Filho de sol poente
Quando teima em passear
desce de sal nos olhos doente da falta de voltar

Filho de sol poente
Quando teima em passear
desce de sal nos olhos doente da falta que sente do mar
Vim só dar despedida

domingo, 20 de setembro de 2009

Sim

Saudades do que não aconteceu.

E,
provavelmente,
nunca,
vai acontecer.

...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

¿Dónde estás?"



Era sempre o mesmo sentimento. Sempre a mesma dor, a mesma tristeza, sempre o mesmo medo e, claro, o vazio.
Saía do apartamento dele, andava e sentia sempre frio (mesmo que a cena fosse de muito calor como uma tarde de dezembro), sentia sempre um vento (mesmo que o dia estivesse muito abafado e todas as coisas paradas), ao entrar em casa procurava algo que não sabia o que era e, lógico, nunca encontrava. Sentar na cama, no sofá, olhar a rua, as pessoas lá embaixo, nada resolvia.
Andava depressa em seu apartamento: nada para agarrar, nada para se firmar. O vazio dava a impressão que só uma ebulição fundida naquele inferno poderia resolver alguma coisa. Nem cigarro, nem maconha, nem uma dose de whisky mostrava uma solução.
Então, tomava de seis a sete calmantes para pensar que nunca mais acordaria para sentir tudo aquilo de novo.